Nos anos 80 e 90, o Gangan era considerado um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro, que agia com violência e truculência nas suas comunidades.
Tinha pouco conteúdo de áudio e vídeo sobre seus feitos, mas o pouco que tinha, chegou até ser polêmico.
Ele ganhou um programa especial na Linha Direta, um programa policia da TV Globo, e por anos, foi divulgado um áudio dele cantando no baile funk dentro do São Carlos.
Gangan era o chefão do São Carlos e homem influente no ADA, mas sua vida criminosa não começou dessa maneira.
Resumo da história do Gangan
Ao contrário que muitos pensam, o Gangan saiu do Morro da Serrinha em Madureira, e foi para o Morro do São Carlos a pedido do traficante Adilson Balbino, o chefão da época.Há quem diga que ele traiu o Balbino, arquitetou sua morte e se tornou chefão no Morro do São Carlos na marra.
Ainda era integrante da facção Terceiro Comando, que começava a ter expressão no Rio de Janeiro. Uma facção que teve como líder, o próprio Adilson Balbino.
Gangan aterrorizava na região do Estácio, Catumbi e Rio Comprido, e gostava de invadir os territórios do Comando Vermelho.
As comunidades do Zinco, Mineira, Prazeres, Escondidinho e Tijuca no geral, eram os mais afetados pelos "baques" do Gangan.
Inclusive, bem antes de morrer, ele conseguiu tomar o Morro do Zinco das mãos do Comando Vermelho.
Quando o Uê começou arquitetar uma nova facção, o ADA, o Gangan foi um dos chefes que mais apoiou essa nova união criminosa, e certamente saiu do TC e virou ADA.
Na discussão da união entre as facções TC e ADA, novamente, a voz do Gangan ganhou peso na decisão, resultando numa união história de facções no Rio de Janeiro.
No Morro do São Carlos era levantada a bandeira TC e ADA, e todos respeitavam essa decisão entre os líderes das duas facções.
Na separação, depois da morte do Uê em Bangu I e das brigas entre o Linho, BB e Facão, o Gangan ficou ao lado do Linho na discussão, mas por outro lado, tentou continuar com a união em Parada de Lucas, que sempre foi reduto histórico do Terceiro Comando.
Os traficantes da Parada de Lucas o respeitavam, mas por estar sempre na comunidade, no meio da briga entre TC e ADA, acharam que o Gangan poderia aplicar um golpe interno em Lucas, e foi avisado que se aparecesse novamente, a Parada de Lucas iria abrir guerra com ele.
Na tentativa de retomar o Morro do Dendê das mãos do recém criado TCP, o Gangan foi responsável por ajudar o traficante Noquinha, expulso pelos traficantes Bizulai, Fernandinho e Gil, integrantes do TCP.
Seu feito mais expressivo, foi negociar uma entrada da Favela da Rocinha na facção ADA, onde negociou diretamente com os traficantes Lulu e Bem-te-vi, que não queriam entregar a comunidade para o Dudu, antigo dono da Rocinha e integrante do Comando Vermelho.
Aceitaram a proposta do Gangan e se filiaram ao ADA, ganhando reforços do Complexo do São Carlos, na guerra para evitar uma invasão do Comando Vermelho na Rocinha.
Entre essas e outras, que o traficante Gangan ganhou expressão histórica no tráfico do Rio de Janeiro.
Morte do Gangan
Gangan morreu em outubro de 2004, em uma operação surpresa da policia no Morro do São Carlos (ADA).Receberam a informação que o traficantes estaria escondido dentro de uma casa na comunidade, e sem segurança.
Durante a operação, nove policiais civis foram convocados, e subiram com o Delegado Álvaro Lins. Cercaram a casa do Gangan, que tentou reagir e foi morto no local.
E foi assim o fim de um dos maiores e mais perigosos traficantes do Rio de Janeiro.
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